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Quem sou eu...

Nascido em Porto Alegre/RS-Brasil, apaixonei-me pela música bastante cedo. Na infância tive aulas de piano e flauta, mas foi na adolescência que passei a levar a sério os estudos de música, dedicando-me ao violão clássico. Fui aluno de violonistas aclamados, estudei no Instituto Palestrina e Escola da OSPA.

 

Busquei espaço como guitarrista e toquei em diversas bandas de gêneros variados. Apresentei-me em casas noturnas, em emissoras de rádio e na TV. Foram bons momentos. Concomitantemente, ingressei na Faculdade e colei grau como Bacharel em  Direito.

Aos vinte e poucos anos, já formado e perante a dificuldade de colocação no mercado de trabalho, centralizei todos os meus esforços em uma carreira jurídica, buscando alguma estabilidade profissional, longe dos instrumentos musicais. "Briguei" com a música. Ingressei, via concurso, no serviço público estadual. Casei. Vieram família e filhos. Abandonei por prazo indeterminado minha paixão pela arte.

 

Tudo ia bem. Até que em 2011, o destino pregou uma peça: diagnóstico de Parkinson precoce. Dali em diante minha vida mudou. Gradualmente, os sintomas da doença começaram aparecer. E as limitações decorrentes da  doença me trouxeram ônus e bônus. Em 2016 fui aposentado.

 

Então, após um hiato de duas décadas, a música voltou a fazer parte do ar que respiro. Inicialmente como forma de terapia; logo, porém, passou a ser muito mais que isso. Tive a honra de fazer parte da Orquestra de Adoração e Louvor da Igreja Adventista Central de Porto Alegre, sob a regência do professor e amigo Deolindo de Bacco de Azambuja.

 

Frustrado por não ter mais a destreza nas mãos que outrora tivera para dedilhar o instrumento de seis cordas, aceitei um desafio: buscar conhecer e aprender a tocar outros instrumentos musicais em busca de algum com o qual eu pudesse me expressar sem que a minha nova condição implicasse um impeditivo ou limitador. Foi uma decisão audaciosa que demandou certa coragem, já que o tempo e a minha idade não estavam a meu favor.

 

Tive a chance de estudar e experimentar vários instrumentos musicais: bateria, baixo, cello, banjo, mandolin, pedal steel guitar. Foi uma delícia para quem, assim como eu, aprecia tocar.

 

Infelizmente, porém, os tremores, as cãibras, as dores e os demais sintomas da doença ceifaram toda e qualquer esperança que eu tinha de transformar esse "hobby" em algo mais sério. Contudo, não desisti, segui em frente, no meu ritmo, lutando contra todas as adversidades que apareceriam com as armas que eu tinha à disposição.

 

Por esse tempo, formei-me em Música no Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Lá ampliei meus conhecimentos, fiz novas amizades, realizei um sonho: estudar música em uma instituição federal de ensino. Aprendi bastante sobre o papel do profissional e as múltiplas funções da música no contexto histórico e social. 

 

Nessa etapa da minha história desenvolvi o prazer da composição, um universo pouco explorado pela maioria dos músicos, e uma área na qual eu poderia me deleitar aplicando todo meu conhecimento e amor pela música.

 

Hoje, a música é para mim um meio de expressão, uma terapia para quem toca e para quem escuta, uma ponte que une pessoas, uma benção. No meu sentir, a música jamais um fim em si mesma. Com ela o indivíduo de boa índole constrói relações, cura a alma, acalma o espírito, anima o quebrantado.
 

© 2019 por ANDRÉ LENZ

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